A Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do planeta e onde vive mais de 70% da população brasileira, terá um espaço de destaque na COP30. De 12 a 16 de novembro, a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) organizará a Casa da Mata Atlântica, instalada na Universidade da Amazônia (UNAMA), em Belém (PA).
O espaço será um ponto de encontro para dar visibilidade ao bioma e promover debates, oficinas e atividades voltadas para os desafios da Mata Atlântica frente às mudanças climáticas. Mais do que um espaço de diálogo, a Casa será um ambiente de mobilização, incidência política e troca de experiências entre sociedade civil, cientistas e governos.
Um bioma estratégico para o Brasil e para o mundo
Embora o foco da COP30 esteja na Amazônia, a Mata Atlântica tem papel central no futuro climático do país. É considerada o “berço das águas do Brasil” e enfrenta pressões intensas como desmatamento, crise hídrica e perda de biodiversidade. Sua conservação é estratégica para a segurança hídrica, para a manutenção da biodiversidade e para a mitigação das mudanças climáticas.
Ao longo da programação, a Casa da Mata Atlântica vai apresentar dados, propostas e experiências que conectam a luta pelo bioma ao debate global sobre clima. A mensagem é clara: não há futuro sustentável sem a recuperação e conservação dos biomas brasileiros.
Propostas em debate
Entre as principais pautas que estarão em discussão na Casa estão:
-
Implementação de corredores verdes e reflorestamento estratégico em áreas degradadas;
-
Fortalecimento de políticas públicas de preservação de nascentes, como no exemplo de Extrema (MG);
-
Reconhecimento da Mata Atlântica como peça-chave no enfrentamento da crise climática, seja pela regulação das águas, pelo estoque de carbono ou pela riqueza de sua biodiversidade;
-
Inclusão da Mata Atlântica nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) do Brasil no âmbito do Acordo de Paris.
Convite à sociedade
A expectativa é que a COP30 se torne um marco na transformação da Mata Atlântica em solução climática global. A RMA convida organizações, coletivos, pesquisadores e cidadãos a se engajarem nesse processo.
A Casa da Mata Atlântica será a voz do bioma durante a COP30 — e um chamado à ação coletiva para garantir que sua conservação seja prioridade nas agendas climática e ambiental do Brasil e do mundo.
Comentário