Sobre o Bioma
Foto 1 – Crédito da Foto: Clayton Lino (2012)
Foto 2 – Crédito da Foto: Clayton Lino (2012)
CONHEÇA
O bioma Mata Atlântica abriga uma expressiva riqueza socioambiental, o que significa recordes biológicos mas também diversidade de populações, cultura, e processos que mantém a vida nas cidades. Conhecer esse patrimônio implica em comprometer-se com sua proteção e recuperação.
BIODIVERSIDADE
POPULAÇÃO E ECONOMIA
A maior parte da população brasileira vive no domínio da Mata Atlântica, incluindo as principais metrópoles e os polos industriais que movimentam a economia. Embora não seja evidente, todos dependem dos remanescentes nativos para sua sobrevivência.
Mas, especificamente, há povos que habitam e interagem diretamente com os recursos do bioma. Dos povos indígenas e caiçaras, aos quilombolas, caboclos ribeirinhos e roceiros, a diversidade cultural das populações tradicionais é tão expressiva quanto a da Amazônia e do Cerrado.
A maioria vive da pesca artesanal, agricultura de subsistência, extrativismo ou artesanato, e seu modo de vida baseia-se em conhecimentos que apontam para uma relação mais harmoniosa entre os humanos e a natureza.
Atualmente, há um crescimento nos projetos de desenvolvimento sustentável envolvendo as comunidades da Mata Atlântica, em práticas de manejo, plantio, extrativismo e no próprio conhecimento acumulado sobre a biodiversidade local.
Crédito da Foto: Clayton Lino (2012)
SERVIÇOS AMBIENTAIS
A qualidade de vida da população depende da preservação dos remanescentes da Mata Atlântica, por meio dos chamados serviços ambientais que estes ecossistemas prestam ao ser humano.
Isso significa que além da Mata Atlântica nos lembrar que somos parte da natureza e temos o direito de viver em relação aos demais seres vivos, são as inúmeras espécies e processos ecológicos que representam fonte de alimentos, de remédios ou de abastecimento de água.
Entre outros serviços ambientais, os remanescentes florestais mantêm as nascentes e fontes, regulam o fluxo dos mananciais de água, regulam o clima, a temperatura do solo, e protegem as escarpas e encostas de morros.
A relação entre o estado de conservação da floresta e a quantidade de água, por exemplo, é clara num estudo do Instituto Florestal de São Paulo, mostrando que de toda a chuva que cai na região da Serra do Mar, até 70% abastece os rios de forma permanente, auxiliada pela retenção dos componentes da floresta (folhas, galhos, raízes e solo).
Crédito da Foto: Clayton Lino (2012)
ÁREAS PROTEGIDAS
De pequenas áreas verdes nas propriedades rurais e parques urbanos até grandes florestas que precisam ser preservadas e recuperadas, as áreas protegidas da Mata Atlântica garantem a manutenção da biodiversidade por meio de instrumentos legais
São espaços de terra ou de mar especialmente dedicados à proteção dos recursos naturais, com características naturais relevantes e objetivos de conservação da natureza.
Incluem as Unidades de Conservação (UCs), Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal, os Sítios Ramsar, a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, além de Terras Indígenas e Quilombos, que guardam porções da diversidade socioambiental do país.
Parques, Estações Ecológicas, Reservas Biológicas, Reservas Particulares do Patrimônio Natural, Refúgios de Vida Silvestre, os diferentes tipos de Unidades de Conservação, contribuem para proteger espécies ameaçadas, abrigar populações tradicionais, e garantir o uso sustentável dos recursos naturais.
São 119 UCs federais na Mata Atlântica (ICMBio, 2009), 225 UCs estaduais (MMA, 2007), e 619 RPPNs (Confederação Nacional das RPPNs, 2010), que juntas representam mais de 78 mil km2 de áreas protegidas. Há ainda várias unidades de conservação municipais.