A força das organizações ambientalistas do Nordeste na defesa da Mata Atlântica

Se depender das organizações que defendem a Mata Atlântica no Nordeste, o bioma não só vai aumentar sua cobertura vegetal como se tornará mais resiliente e capaz de conquistar milhares de  defensores. Esse alinhamento foi discutido e montada pelas Ongs que trabalham para manter o bioma em pé no Nordeste,  reunidas de 28 a 30/03 no Encontro da Rede Mata Atlântica do Nordeste, em Salvador.

O evento foi organizado pelo Instituto Floresta VivA, do litoral Sul da Bahia, com o apoio da Rede de Ongs da Mata Atlântica-RMA, SOS Mata Atlântica e Fundação Hempel, como resultado do projeto colaborativo executado nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste para aumentar a proteção do bioma em todas regiões do País.

Durante três dias cerca de 30 Ongs ali representadas se empenharam em atualizar os impactos em seus ambientes locais e a discutirem como mudar e transformar a realidade através da cooperação em Rede.

A proposta do Instituto Floresta VivA para o evento, foi atualizar as organizações que se dedicam a proteção da Mata Atlântica, promover o resgate, dar visibilidade, identificar as fragilidades, atualizar dados e inventário e formalizar cooperação para que possam aumentar suas lutas na defesa do bioma no território nordestino. Para o presidente do Conselho do Floresta VivA, Rui Rocha, o encontro também serviu para qualificar e oferecer formação sobre a missão, visão e valores essenciais para o trabalho em rede. ”Enquanto bioma o que somos? Quem somos? E para onde devemos ir? questionou Rui aos demais ambientalistas presentes que saíram com a certeza que fortalecerão a luta conjunta.

Sob mediação de Alexandre Merrem, os trabalhos fluíram com leveza, cuidado e estratégias que contribuíram para fortalecer as conexões desenvolvidas por convidados palestrantes como João de Deus Medeiros, da Rede de Nos da Mata Atlântica que falou sobre a história das organizações civis para a luta ambiental da Mata Atlântica no país, Rubens Benini, do Pacto Pela Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes, diretor da SOS Mata Atlântica, Fabiana Maia do Instituto Terra Luminous, Nayra Coelho, Janaina Pavan, Transparência Internacional, Thiago Massagardi, captador de recursos, Renato Cunho da Ong Gambá-BA.

Ao final foi deliberado uma Moção de Repúdio contra a iniciativa do Exercito de destruir cerca de 200 mil árvores para construir uma Escola Militar na APA da Aldeia  Beberibe-PE. Outra Moção foi de apoio à criação da Reserva Extrativista-RESEX Marinha de Itacaré que sofre impactos predatórios da pesca industrial.

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