Lago do Caboclo D’Água, praia da Areia Vermelha, centro de educação ambiental e ainda animais como as siriemas, garças ou lagartos, fazem parte da riqueza natural do Parque Municipal Morro da Pescaria, em Guarapari, Espírito Santo. Ali, 73 hectares de florestas e restingas guardam espécies raras da fauna e flora da Mata Atlântica, em contato direto com a biodiversidade marinha, no entorno do parque.
Toda essa natureza sofreu um forte risco no ano de 1989, quando a construção de um loteamento na área passou a ameaçar parte do Morro da Pescaria. “Ao perceberem que as máquinas já estavam entrando no Morro da Pescaria e os lotes estavam em princípio de demarcação, voluntários se organizaram e iniciaram um surpreendente movimento para a época, mobilizando a população e conseguindo o embargo do loteamento”, conta Celso Maioli Junior, presidente da ONG Associação Ecológica Força Verde.
A história da Força Verde começa justamente nesse episódio, quando os voluntários que lutaram contra o loteamento decidem manter a vigilância constante e cuidar da preservação da área, fundando a ONG em 1990.
A história da entidade confunde-se, portanto, com a própria história do Parque, criado na década de 1990, e hoje administrado pela Força Verde, que possui o título de instituição de Utilidade Pública Municipal e Estadual. A ONG também participa hoje dos principais movimentos socioambientais do Estado, é afiliada da Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) e titular do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CN-RBMA) pela Região Sudeste, representando a RMA neste colegiado.
Este é um importante motivo para o qual vem solicitando a transformação do Morro da Pescaria em Posto Avançado da RBMA. Além da riqueza de vários ambientes terrestres e marítimos, o parque integra ainda a Ilha da Raposa e é abrigo de diversos pássaros, sendo hoje vigiado e protegido. “É um dos parques mais visitados do Espírito Santo e o título de Posto Avançado da RBMA seria um grande motivador para a proteção ambiental e o estímulo a captação de recursos”, reforça Celso.
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