O esforço das entidades que fazem parte da Rede de ONGs da Mata Atlântica – RMA, para conservar e defender o Bioma no Sul do Brasil pode ser visto na implantação do projeto “Cuidando da Mata Atlântica”, executado numa articulação entre as organizações ambientalistas Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais, Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida – Apremavi e Instituto Mira Serra, com o apoio financeiro da Fundação dinamarquesa Hempel por meio da Fundação SOS Mata Atlântica. A Fundação Hempel também apoia dois outros projetos semelhantes nas regiões sudeste e nordeste.
Neste último fim de semana (27/28 e 29/09), o grupo esteve reunido com outras ONGs filiadas da RMA no Centro Ambiental Jardim das Florestas na sede da APREMAVI, município de Atalanta-SC, no Seminário Regional Sul, para debaterem sobre a identificação das lacunas e entraves existentes no Sistema Nacional de Unidade de Conservação-SNUC na Mata Atlântica da região. A partir de um diagnóstico participativo, as entidades farão gestão para criar ou ampliar unidades de conservação junto aos gestores municipais, estaduais e federal nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Brasília.
O projeto tem duração até dezembro de 2025 quando, de acordo com a previsão das entidades, os avanços serão visíveis em relação ao arcabouço legal que protege o Bioma e o estímulo a criação e implantação de Unidades de Conservação.
O projeto Cuidando da Mata Atlântica, também tem como meta a elaboração de fundamentação técnica a ser encaminhado ao IBGE para que elabore mapas estaduais detalhados da aplicação da Lei da Mata Atlântica, a partir do Mapa Nacional nos estados do Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Faz parte igualmente do projeto a missão de desenvolver uma campanha publicitária em mídias sociais sobre a importância de se regulamentar o Fundo de Restauração da Mata Atlântica, instituído pelo Artigo 36 da Lei da Mata Atlântica, bem como o levantamento do arcabouço jurídico e de obras de infraestrutura que causam impacto no bioma, no região Sul, elaborando relatórios com postura jurídica, a serem encaminhados aos órgãos competentes incluindo o ministério público, alertando sobre os perigos.
O Seminário reuniu representantes das organizações, Associação Catarinense de Preservação da Natureza-ACAPRENA, Associação Ecológica Canela Planalto das Araucárias-ASSECAN, Associação Movimento Ecológico Carijós-AMECA, Associação Trescoroense de Proteção ao Ambiente Natural-ASTEPAN, Centro de Estudos, Defesa e Educação Ambiental-CEDEA, Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Fundação SOS Mata Atlântica, Grupo Pau Campeche-GPC, Instituto das Águas da Serra da Bodoquena-IASB, Observatório de Justiça e Conservação, além da Associação de Defesa e Educação Ambiental-ADEA e Instituto Babitonga de Pesquisa e Conservação Socioambiental.
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