O Plano Municipal de Mata Atlântica de São Paulo, que tem como propósito promover o aumento da cobertura vegetal nativa e fortalecer a gestão ambiental no município, só acontece por meio de um amplo processo participativo com a comunidade, que levará sua percepção sobre a situação dessas áreas nas regiões leste, centro, oeste, norte e sul da cidade. Com isso será possível compor o diagnóstico dos remanescentes, os vetores de desmatamento e a indicação das áreas prioritárias para conservação e recuperação.
Para a etapa do diagnóstico da situação atual, serão realizadas quatro oficinas públicas de elaboração do PMMA, em 21/3 na zona leste, 28/3 no centro, 11/4 na zona norte e oeste, e 25/4 na zona sul. Conselheiros dos CADES regionais, conselheiros participativos e cidadãos interessados irão identificar juntos os remanescentes e áreas para recuperação. A seguir, será construída a visão de futuro e o plano de ação e o plano de monitoramento. Em meados de junho, deverá ser realizada a 1ª Conferência Municipal da Mata Atlântica para validação do PMMA, a ser implantado ainda este ano.
“É preciso que a população diga qual área de seu bairro precisa ser recuperada, e participe ativamente do processo pois ele visa o bem-estar e a qualidade de vida na metrópole”, expressa Maria Lucia Bellenzani, relatora da Comissão Técnica do PMMA.
A primeira oficina, na zona leste, estará focada nas áreas de abrangência da subprefeitura: Itaim Paulista, São Miguel, Ermelino Matarazzo, Penha, Guaianazes, Cidade Tiradentes, São Mateus, Itaquera, Vila Prudente, Sapopemba, Aricanduva/Vila Formosa, e terá apoio técnico de outras secretarias municipais e organizações não governamentais.
Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de SP, o plano trará apontamentos técnicos e uma lista de ações de curto, médio e longo prazo, mas “sem o envolvimento da sociedade civil ficará quase impossível termos êxito neste propósito”, diz Alice Melges, gestora da SVMA, responsável pela condução do processo do PMMA.
Os apontamentos do plano levarão em conta questões como: quais os benefícios gerados pelos remanescentes no município e onde se encontram; qual a importância desses serviços ambientais para a qualidade de vida na metrópole e como são percebidos pela população; e quais as estratégias que precisam ser aplicadas para a conservação e recuperação dessas áreas.
A percepção da população para as áreas tidas como importantes para as ações é fundamental pois leva em conta fatores culturais e de identidade comunitária, muitas vezes esquecidos neste tipo de análise.
Saiba mais sobre as datas, locais e forma de inscrição nas oficinas em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/noticias/?p=191704
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