Tag Archive: Crise da Água

  1. Deputados querem aprovar a “Lei do Desmatamento” em SP. Participe nesta terça da mobilização “Sem Floresta não tem Água”.

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    O futuro da água em São Paulo está em risco.  A Fundação SOS Mata Atlântica realiza nesta quarta (9/12) a mobilização “Sem Floresta não tem  Água em São Paulo” contra o Projeto de “Lei do Desmatamento” (PL 219/14), que regulariza o desflorestamento e diminui as APPs (Áreas de Preservação Permanente), bem como as matas ciliares em São Paulo, acentuando a grave situação dos mananciais e bacias hidrográficas do Estado.

    A entidade está organizando um evento por meio das redes sociais no qual os participantes deverão levar um balde vazio para compor uma instalação coletiva que será montada junto ao Monumento às Bandeiras, em frente à Assembleia Legislativa.

    A ação tem como objetivo alertar os deputados estaduais para que não votem o PL 219/2014, que dispõe sobre o Programa de Regularização Ambiental (PRA), o que equivale à regulamentação paulista para implementação do novo Código Florestal brasileiro (Lei Florestal 12.651/12). O projeto está em regime de urgência e poderá ser votado amanhã (9/12), porém contém uma série de pontos problemáticos.

    Confira os detalhes a seguir, acesse o evento no Facebook e compareça levando seu balde vazio! A Fundação conta com sua participação.

     

    Por que a Lei é Prejudicial

    O projeto permite que a recuperação ambiental seja realizada nos biomas fora dos limites territoriais do Estado de São Paulo. Assim, grandes imóveis rurais poderiam deixar de recuperar as florestas paulistas para fazer a compensação da reserva legal em outros Estados, o que ameaça a restauração e a conservação da vegetação de regiões prioritárias para recuperação ambiental, como as localizadas em áreas de estresse hídrico. Em outras palavras, põe em risco a recuperação da vegetação associada à proteção da água. Outro item bastante preocupante no PL 219 é a previsão da diminuição das faixas de recuperação de matas ciliares em APPs, chegando a pífios cinco metros.

    Estudo da SOS Mata Atlântica divulgado em outubro deste ano constatou que a cobertura florestal nativa na bacia hidrográfica e nos mananciais que compõem o Sistema Cantareira, centro da crise no abastecimento de água que assola São Paulo, está pior do que se imaginava. Hoje, restam apenas 488 km² (21,5%) de vegetação nativa na bacia hidrográfica e nos 2.270 km2 do conjunto de seis represas que formam o Sistema Cantareira.

    As florestas naturais protegem as nascentes e todo fluxo hídrico. Por isso, com os baixos índices de vegetação apresentados, não é de se estranhar que o Sistema Cantareira opere, atualmente, com o menor nível histórico de seus reservatórios. “Para ter água é preciso ter também florestas. As árvores são a garantia de água em quantidade e com qualidade”, diz Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.

    Para reverter essa grave situação, a Fundação defende a proteção do que resta de Mata Atlântica e a manutenção, com rigor, do monitoramento e da fiscalização para evitar novos desmatamentos. O segundo ponto defendido é promover a recuperação florestal, incluindo-se investimentos públicos e privados para restauração florestal e programas de Pagamentos Por Serviços Ambientais (PSA) que recompensem os proprietários de terras, municípios e Unidades de Conservação que as preservarem. Porém, se o PL 219 for aprovado, essas medidas propostas ficam comprometidas no Estado.

    Seguem abaixo mais informações:

     

    Mobilização: Sem floresta não tem água em São PauloLocal: Monumento às Bandeiras, em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo.Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, 201 (Assembleia Legislativa)/Praça Armando de Sales Oliveira (Monumento às Bandeiras).

    Dia: 09 de dezembro (terça-feira).
    Horário:
    -10h:
    Concentração e manifestações; leve um balde vazio.

    -12h: Vigília pela retirada do PL 219/2014 da pauta de votação da Assembleia Legislativa e vigília em defesa da Mata Atlântica, do cerrado paulista e dos mananciais;

    -16h: Plenário da ALESP: mobilização para retirada do PL 219 da pauta de votação.

    Saiba mais: https://www.facebook.com/events/803736823021655/

     

  2. Assembleia Estadual da Água será realizada em Itu (SP)

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    Evento reunirá movimentos sociais, ambientalistas, técnicos e ativistas para discutir crise hídrica em São Paulo

    Agendado para dia 06 de dezembro na cidade de Itu, evento deve abordar problemas, compartilhar experiências e propor medidas para um plano de contingência para o próximo período de estiagem

    Itu e São Paulo, 01 de dezembro de 2014 – Em meio à pior crise hídrica da história do Estado de São Paulo, representantes de diversos movimentos sociais e ambientais da sociedade paulista vão se reunir em Itu, uma das cidades mais afetadas pela insegurança no abastecimento, no dia 06 de dezembro próximo na Assembleia Estadual da Água.

    O evento é fruto de mobilização dos cidadãos do Itu Vai Parar, um bloco de lutas que engajou a sociedade civil em uma rede de solidariedade e protestos neste ano, quando a cidade ficou completamente sem água, com o apoio do movimento de juventude Juntos!. A iniciativa conta ainda com o envolvimento de especialistas e redes como a Aliança pela Água, com cerca de 40 entidades que se juntaram para debater a crise e propor soluções.

    Previsto para durar um dia inteiro, o programa de debates e rodas de conversa da Assembleia Estadual da Água vai abordar diversos aspectos da questão hídrica, passando pela relação com moradia e ocupação urbana, agricultura, discussão de experiências, apresentação de casos sobre Cochabamba (Bolívia) e o sistema Cantareira, além dos impactos das mudanças climáticas sobre o regime hidrológico.

    O objetivo da Assembléia Estadual da Água também é discutir e propor caminhos concretos para exigir das lideranças de governo um plano de contingência que garanta níveis seguros para o abastecimento à população a partir de março de 2015, quando começa o próximo período de estiagem, com foco em Itu e na Região Metropolitana de São Paulo. A expectativa é reunir pelo menos 200 pessoas de várias cidades do Estado. A Assembléia será transmitida em tempo real pela internet através do canal www.postv.org .

     

    SERVIÇO:

    – Inscrição: https://docs.google.com/forms/d/1Fh1Vq8ol4miWKeIHQ5LSfTgcPrFfc8mt7X8gjsaQrQ0/viewform

    – Horário: das 9h-18h

    – Local: FADITU – Faculdade de Direito de Itu

    Av. Tiradentes, 1817 – Parque Industrial, Itu – SP

    Página da Assembléia Estadual da Água: http://assembleiaaguasp.tk/ e https://www.facebook.com/assembleiaaguasp?fref=ts

    Link do evento: https://www.facebook.com/events/712948188793184/?ref=22

     

    Realização, apoios e participação:

    Movimento Itu Vai Parar, Juntos!, FADITU – Faculdade de Direito de Itu, SECOM – Sindicato dos Empregados do Comércio, APEOESP – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de SP, MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), Volume Vivo, Advogados Ativistas, De Olho nos Mananciais, Domínio Público, Coletivo Curupira, Fundação SOS Mata Atlântica, MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), Itu Pede Socorro, Frente Popular em Defesa da Água, Setorial Ecossocialista do PSOL e ISA (Instituto Socioambiental), Aliança Pela Água.

     

    Programação preliminar: Assembleia Estadual da Água – Itu, 06/12

    9h-10h :: chegada das delegações

    10h-12h :: mesa de abertura: crise da água em SP

    Itu vai parar

    Edson Aparecido da Silva (Rede Waterlat e Coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental)

    Ministério Público

    Andreia Bianchi (Juntos)

    Marussia Whately (Instituto Socioambiental)

    Malu Ribeiro (SOS Mata Atlantica)

    webconferência com Oscar Oliveira (líder da guerra da água em Cochabamba)

    12h-13h30 – almoço

    13h30-15h-Grupos de Discussão (GDs) – primeira rodada

    1) A crise da água: uma questão ambiental ou social?

    CONLUTAS (a confirmar)

    Rita Diniz (Apeoesp)

    Renan Oliveira (Setorial Ecossocalista do PSOL)

    Claudomiro dos Santos (Coletivo Curupira)

    Dante Peixoto (mestre em Eng. Ambiental-USP)

    Antonio Carlos Zuffo (profº Unicamp – a confirmar)

    Caio Ferraz (Volume Vivo)

     

    2) Modelo de desenvolvimento agrário e a crise da água

    MST (a confirmar)

    MAB

    Larissa Bombardi (profª de Geografia da USP)

    Osvaldo Aly (prof° ESALQ-USP)

    3) A luta pela água: de Cochabamba a Cantareira

    Itu vai parar

    Dona Maria Isabel (Itu pede socorro)

    Nathalie Drumond (mestranda em Geografia-UFF)

    Marzeni Pereira (tecnólogo em saneamento da Sabesp, oposição SINTAEMA)

    Milson Betancourt (a confirmar)

    15h-16h30 – Grupos de Discussão (GDs) – segunda rodada

    4) Alterações climáticas, gestão dos solos e regime hídrico: o que isso tem a ver com a falta d’água?

    Murilo Rodrigues (mestre em Geografia-USP)

    Cleide Rodrigues (Profª de Hidrografia da USP – a confirmar)

    SOS Mata Atlantica

    Adriano Sampaio (Existe Água em São Paulo)

    5) Lutar não é crime

    Anistia Internacional (a confirmar)

    Daniel Biral (Advogados ativistas)

    Virgílio Farias (Associação em Defesa da Vida – ABC)

    6) Os impactos da crise da água nas cidades

    Josué Rocha (MTST)

    Rede São Paulo (a confirmar)

    Mauro Scarpinatti (De Olho nos Mananciais)

    Maurício Costa (geógrafo e urbanista)

    Daniel Barbosa (levante popular da juventude)

    Luiz Miller (Volume Vivo)

    16h30-17h30- café

    17h30-19h30- plenária final

     

  3. Má gestão e desperdício são apontadas pela população como principais causas da seca em São Paulo

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    Nem calor, nem São Pedro. Para a população, a má gestão e o desperdício são as principais razões para a crise de abastecimento de água em São Paulo, segundo pesquisa encomendada pela revista Época e aplicada pelo site ReclameAqui a seus usuários cadastrados. A enquete, elaborada em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, foi respondida por 17.111 pessoas do Estado de São Paulo. Para participar, era preciso escolher, entre uma lista de opções, aquelas que, na opinião deles, estão entre as causas da seca.

    Com 79,15%, a opção “má gestão do serviço público de água” foi a resposta mais escolhida, seguida de “desperdício”, com 73,78% e “falta de chuvas”, com 63,91%.

    Alexandre Mansur, editor-executivo da revista Época, observa que os resultados são importantes por mostrar que a população não encara os problemas climáticos como inevitáveis e que enxergam as autoridades como responsáveis pela gestão dos recursos hídricos e por incentivar um uso racional, sem desperdícios. “Isso tornaria nossas cidades mais resilientes a períodos de dificuldades climáticas. Conforme mostramos em uma reportagem publicada no site da Época há uma semana, o município de Jundiaí, na região da grande SP, não está passando por dificuldades, apesar da falta de chuvas. A diferença é que lá houve planejamento”, diz.

    Para Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica, o fato de o desperdício ter sido o segundo ponto mais citado demonstra que as pessoas também estão atentas à importância da economia e ao uso racional da água. “Entenderam, principalmente, que este é um bem finito, ao contrário do mito da abundância de água, e que o uso precisa ser feito com responsabilidade por todos, inclusive por parte do poder público”, diz.

    O “desmatamento da Mata Atlântica” foi citado por 44,75% dos participantes. “Isso reforça positivamente nosso trabalho no desenvolvimento do Atlas da Mata Atlântica, que monitora o desflorestamento, e evidencia a consciência da população sobre o papel da floresta para garantir água, além da importância da restauração florestal e da proteção das matas ciliares. Essa percepção contribui ainda para potencializarmos a mobilização e envolvimento de mais pessoas na causa ambiental”, conclui Marcia.

    Confira a pesquisa completa no Blog do Planeta.

RMA